Sábado, depois de alguns acontecimentos nem um pouco agradáveis, eu pensei.
Pensei e repensei. Tentei dormir só nesse dia, mas amigos me convenceram (sem muito esforço) a não ficar só. Talvez tenha sido o melhor eu não ter ficado só. Talvez a solidão que sinto mesmo rodeado por pessoas já é suficiente. Mas essa solidão não nos permite pensar nem refletir sobre o que está acontecendo. Balancear é um verbo impossível de ser executado.
Então me recluí na noite de domingo. Me fechei "pra balanço". De tudo e de todos. E comecei a me agonizar, a sofrer de gastrite, a gritar internamente.
O fechamento resultou em uma decisão que, inconscientemente resultou numa das maiores crises de gastrite que tive nesse ano. Foi, exatamente, do meu acordar na segunda ao meu dormir na madrugada dessa terça. Mais de 24 horas ininterruptas de refluxos e dores estomacais.
As dores físicas serviram pra amenizar, um pouco, a dor sentimental da minha decisão.
O amor não diminuiu. O amor não desapareceu. Mas enquanto eu decidia o que fazer da minha vida na noite de domingo, eu redescobri meu amor próprio. Aquele que faz amar mais a mim mesmo, e que me fez abrir os olhos para algo que estava me sufocando, entoxicando e me fazendo mais mal que bem.
A decisão está tomada e eu estou à espera do momento certo para verbalizá-la. Repito que nada ainda mudou (o que não impede de que mude com o tempo), mas a agora o amor a mim e à minha saúde (mental e física) fala mais alto que qualquer outro.
Mesmo com a decisão tomada, resta momentos de dúvidas (que aparecem justamente por causa do sentimento ainda estar aqui, em algum lugar), mas uma coisa eu afirmo: não cessarei até arrancá-lo pela raiz porque, só assim, não sofrirei como tenho sofrido.